domingo, 28 de febrero de 2010

Xinthia paso por Foios, Hoyos y por Sainte Verge

Bonjour, bon dia, buenos días

¡Vaya Invierno pasado por agua! Ahora le ha tocado al viento y ya sabemos que por Hoyos no fue demasiado intenso, desde luego no como en la zona de Thouars donde parece ser que las rachas llegaron a los 140 Km/h. El agua también ha causado algunos daños. Precisamente contamos con unas imágenes de la inundación ocurrida en Hoyos la semana pasada por la fuerte lluvia de la noche anterior. También os mostramos el aspecto de Foios tras una fuerte lluvia !Necesitamos alguna imagen de Sainte Verge¡

Saludos, salut, saudaçoes

Por aquí salía el agua...
... y por aquí entraba.
Problema solucionado

Foios un día cualquiera de este Invierno

sábado, 6 de febrero de 2010

LA RAYA UNIDA

Buenos días, bon dia, bonjour

Bueno, Jose Manuel desde Foios, nos envía la noticia de un importante encuentro que tuvo lugar hace apenas una semana entre representantes de las Mancomunidades y Municipios fronterizos de la zona de la Raya hispano-portuguesa. Otra noticia que nos envía Jose Manuel es que se está preparando el hermanamiento entre las localidades de Foios y Castelneau, localidad próxima a Burdeos.

Saludos, salut, sadaçoes

União transfronteiriça

Parque Termal do Cró foi ponto de passagem da comitiva ibérica


Realizou-se durante o dia de hoje uma reunião transfronteiriça entre os autarcas do Sabugal, o vice-presidente de Penamacor, a Mancomunidade do Alto Águeda e Serra da Gata, que visou o delinear estratégias de cooperação para a promoção desta região.

A convocatória vem no seguimento de vários contactos e reuniões que o Presidente da Câmara Municipal do Sabugal (CMS), António Robalo tem vindo a desenvolver com base num programa mais amplo de parcerias estratégicas delineadas pelo próprio autarca. É intenção do município reforçar e desenvolver as relações ibéricas em todas as áreas que afectam a zona raiana.

Posto isto, este encontro teve lugar no Centro Cívico, dos Fóios, onde estiveram presentes os representantes e alguns Alcaides da Mancomunidade do Alto Águeda e Serra da Gata (conjunto de freguesias, ou povos que pertencem à região do Alto Águeda e Serra da Gata, que no total, são 34 freguesias), António Bellanco Fernandez (Eljas) e Florêncio Ramos Ramos, assim como, os presidentes de Junta raianos e o Presidente da CMS, António Robalo. A sessão começou perto 10h30 da manhã, no auditório do Centro Cívico. O principal assunto discutido foi o estreitar de relações e cooperação fronteiriça entre os povos raianos com a criação de uma Associação local/regional que permita criar um grupo de trabalho que promova e desenvolva esta área e, como disse António Robalo, para “que possamos ultrapassar barreira mental que anteriormente foi criada aquando o contrabando e que agora não se justifica, pois nos tempos de hoje, o que conta é a união para se puder fazer força”.

Ou seja, esta reunião teve como base o concertar e partilhar de sinergias entre a raia portuguesa e espanhola, essencialmente, na coordenação entre as Mancomunidades e as Câmaras do Sabugal e Penamacor, que ao todo são quatro entidades, na cooperação transfronteiriça e naquilo que o autarca sabugalense denominou de políticas de terceira geração (a nível cultural, educacional e turístico) que permitem uma qualificação de vida dos cidadãos. Como tal, foi discutido também a necessidade de criação de uma rede de comunicação, porque os problemas que a região portuguesa possui, também, a espanhola os tem, falta de pessoas, emprego e desenvolvimento. Por isso, a união entre o Sabugal, Penamacor e as Mancomunidades do Alto Águeda e Serra da Gata passa pela cooperação e troca de informações, para que seja possível fazer um diagnóstico territorial à lupa de toda esta região e para que seja possível trabalhar em conjunto. Para o Alcaide da Mancomunidade da Serra da Gata, António Bellanco Ferandez, “o importante é manter contacto entre a região espanhola e portuguesa e criar uma Associação de âmbito internacional, para a realização de projectos europeus que englobem esta região, que já deixou de ser limitada por fronteiras desde a criação da Comunidade Europeia. Como tal, aquilo que deve ser prioritário é a criação de emprego, o desenvolvimento da agricultura e pecuária”. Já para Florêncio Ramos e Ramos, da Macomunidade do Alto Águeda o importante é a “diminuição das barreiras físicas, ou seja, a criação de redes de comunicação, como são o caso das estradas que ligam Portugal a Espanha e vice-versa, que permitirão o intercâmbio fronteiriço e facilitarão as relações entre os dois países”.

Terminada a reunião, já se encontrava na praça dos Fóios o autocarro da CMS que levaria toda a comitiva até ao local onde se realizou o almoço – o Restaurante TrutalCôa, um espaço bem conhecido pelos nuestros hermanos. Mas antes do deleite, os representantes portugueses e espanhóis tiveram uma visita guiada aos viveiros das trutas, onde o proprietário deste estabelecimento, António Tavares fez as honras da casa. Quem também se juntou a esta comitiva foi o Vice-presidente da Câmara Municipal de Penamacor, António Cabanas que não pôde comparecer à recepção no Centro Cívico, mas apareceu para almoçar. Aproveitando o facto de a Câmara de Penamacor também estar presente e de ser uma das entidades envolvidas nesta cooperação fronteiriça, António Cabanas também quis deixar o seu testemunho em relação a esta união ibérica. Para além de frisar aquilo que os seus homónimos espanhóis falaram, António Cabanas referiu “a necessidade da Serra de Malcata e da Serra de Gata se unirem para que o Lince Ibérico regresse ao seu habitat histórico e para que o centro de reprodução seja também contemplado nesta região. O Lince Ibérico foi o princípio de todo o conceito que a Serra de Malcata contempla, está na origem desta reserva natural. É preciso criar as condições e fazer as pressões necessárias para que o Lince regresse às duas Serras”. António
Cabanas falou também na marca “Terras do Lince”, que resulta de uma parceria entre as câmaras do Sabugal e Penamacor, que comercializa produtos da região, como por exemplo, o mel, uma aposta conseguida e que poderá ser alargada até às Mancomunidades do Alto Águeda e Serra da Gata.

Mas como a fome já apertava procedeu-se ao almoço convívio propriamente dito. Foram servidas iguarias da região, como a truta e o borrego, sob a paisagem magnífica desta região do Riba Côa, através da vista panorâmica que o Restaurante TrutalCôa oferece.

Depois de “comidos e bebidos” a excursão por terras sabugalenses continuou com o Parque Termal do Cró como próximo destino.

Chegados ao local o engenheiro da CMS, Afonso Tavares fez a visita guiada às obras do complexo termal, nomeadamente, à zona de tratamentos, de banhos, piscina termal e lúdica, bem como, aos pavilhões provisórios. Aproveitando o facto de estarmos neste local, o Cinco Quinas perguntou ao presidente da CMS quando é que as obras estarão terminadas e quando é que o Parque Termal estará a funcionar em pleno. António Robalo respondeu que a “conclusão das obras está prevista para Junho deste ano, no entanto, o Parque Termal só poderá funcionar em pleno assim que estiverem reunidas todas as condições, quer seja a nível de pessoal profissionalizado, quer a nível técnico, mas assim que for inaugurada a obra, as valências que já estão em funcionamento nos pavilhões de tratamento provisórios, estarão também em funcionamento após abertura do Parque Termal”.

Após a visita, os alcaides espanhóis foram convidados a conhecer as instalações da CMS, onde lhes foi oferecida uma pequena lembrança com informação turística e histórica do Concelho. O dia terminou com um agradecimento por parte do autarca sabugalense a todos os que estiveram presentes e com o desejo de que esta cooperação transfronteiriça começa desde cedo a dar os seus frutos.

Presidente do Cantão de Castelneau (França) entre a comitiva ibérica

Jean-Marie Castagneau também participou nesta convocatória, apesar de estar apenas de visita à aldeia dos Fóios: O objectivo da sua vinda até esta região tem que ver com a vontade que possui em ligar-se a esta localidade raiana através da geminação.

Este autarca francês ficou encantado com a região, com a paisagem e com a hospitalidade, reforçando ainda mais a sua vontade em criara um elo de ligação com os Fóios. A vinda do presidente do Cantão de Castelneau deve-se ao facto de um emigrante dos desta aldeia raiana, “François” estar a residir nesta região francesa e que o convidou a conhecer a sua terra natal.

Em relação ao facto de os Fóios se tornar um povo geminado de Castelneau, o Presidente da Junta local, José Manuel Campos referiu que “primeiro temos que nos conhecer. O Jean-Marie Castagneau veio conhecer a nossa região, depois somos nós que iremos até Castelneau e se chegarmos à conclusão que nos devemos juntar, podemos então pensar na possibilidade da geminação”.
VIVA LA RAYA

Por: LRC